Depois de uma descarga imensa de adrenalina, vem uma letargia impressionante e não é muito diferente quando se tem uma profunda decepção, frustração, perda.
O que acontece depois é um estado de latência, entramos num imenso lago de sensações, as lembranças ficam suspensas no pensamento, não seguem uma lógica cronológica, apenas vem e vão.
Os momentos vividos são registrados e armazenados e nessa hora, são descarregados continuamente, sem escolher hora ou momento e você não consegue controlar, não pode sequer apagar, afinal elas (as lembranças) não dão trégua, são vorazes e cruéis, pouco importando se te trará tristeza, se doerá no âmago de sua alma ou se abrirá mais a ferida da separação.
E é quando você se dá conta que sua vontade é um mero detalhe nessa imensa teia emocional. Um complô sentimental!
Apesar de muitos afirmarem que temos escolhas, que podemos mudar esse cenário, eu sempre me pergunto: Ao fazermos isso, estaremos sacrificando o quê em nós??
Eu acredito que amar imensamente seja a melhor solução para todos os males e como tudo tem os dois lados, não dá para sair como entrou, algumas marcas serão feitas, mas me digam, como teremos histórias para contar sem cicatrizes para lembrar?
Dessa forma, que vivamos ao máximo nossos momentos, que tenhamos a audácia de encarar de frente esses pesares e que possamos, lá na frente, proclamar em alto e bom tom: Eis-me aqui!
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