As
pessoas, suas histórias e “estórias”...
Não dá
para falar que conhecemos alguém sem saber o que essa pessoa viveu, não dá para
imaginar a dor alheia se você não passou por algo parecido e mesmo assim, o que
pode ser fácil para uns, pode ser terrível para outros, mas é muito
interessante ouvir as histórias.
Algumas
pessoas literalmente contam um conto e aumentam um ponto e outras, apenas
relatam suas vivências, experiências e resiliências. E o que era para ser uma
mera biografia, transforma-se num best-seller que nem sempre tem um
"foram felizes para sempre", mas suas verdades e histórias de vida
com emoções e comoções.
Adoro
conversar, me fascino com a possibilidade de fazer parte da história de quem me
encanta e imaginar a cena com seus detalhes. Sentir o nó na garganta e olhos
marejados quando o enredo é um drama. Se acabar em gargalhadas quando é uma
comédia e suspirar profundamente nas histórias de amor, ah... eu sinto
falta disso!
Sinto
falta de pessoas com histórias para contar, mas infelizmente observo que estão
perdendo o jeito, o interesse ou apenas faltam ouvintes, não sei ao certo, mas
as histórias estão se perdendo no tempo e o imaginário padecendo, sucumbindo ao
descaso e desencanto.
O que
mais me impressiona é que estamos na era da comunicação e as pessoas estão
ficando sem voz, as palavras estão escassas e o tempo ”passando rápido” demais
para criar raízes. Não há mais aquela conversa na hora do jantar ou em noites quentes,
reunião no terreiro, onde os mais velhos contam suas histórias e a criançada ouvindo,
maravilhada. Sinto que os livros da
vida estão afinando e as mentes encurtando.
Os
antigos estão partindo e os jovens se resumindo a 140 caracteres. Estão
limitando nossas ondas e nossas histórias estão mais para tirinhas...
Ah que
saudades dos velhos tempos!